Sintomas mamários em mulheres que não estão

March 25, 2018 | Author: Anonymous | Category: Saúde
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Sintomas mamários em mulheres que não estão amamentando 1 Introdução 2 Condutas não-farmacológicas 3 Condutas farmacológicas 3.1 Hormônios sexuais 3.2 Bromoergocriptina (bromocriptina) 3.3 Cabergolina 3.4 Outras drogas 4 Conclusões

dicamentos estudados foram considerados mais eficazes que os métodos não-farmacêuticos no controle dos sintomas durante a primeira semana pós-parto; na segunda semana, não houve diferença; na terceira semana, os sintomas são mais freqüentes em mulheres medicadas. Portanto, é provável que as condutas não-farmacológicas para supressão da lactação tenham desvantagens a curto prazo, mas benefícios a longo prazo.

3 Condutas farmacológicas 1 Introdução As mulheres podem não amamentar o recém-nascido por muitas razões, que variam da escolha pessoal até o parto de um natimorto. Algumas vezes a escolha pode ser difícil. Por exemplo, mulheres infectadas pelo HIV enfrentam conflito enorme entre o desejo de nutrir uma criança que pode morrer na infância ou ficar órfã e o conhecimento de que a criança pode ser infectada pelo HIV durante a amamentação. Qualquer que seja o motivo, a decisão de não amamentar resulta em considerável dor e ingurgitamento mamários nos dias subseqüentes ao parto, até que haja supressão espontânea da lactação. Várias condutas foram adotadas na tentativa de acelerar a supressão da lactação e reduzir os sintomas associados.

2 Condutas não-farmacológicas Até a década de 1950, quando foram promovidas diversas opções farmacológicas, o enfaixamento apertado das mamas e a restrição hídrica eram as condutas mais comuns para a supressão da lactação. Ambos ainda são freqüentemente adotados. Praticamente não foi realizada investigação formal desses métodos, embora os resultados de um pequeno estudo randomizado tenham mostrado que a dor nas mamas era menos freqüente em mulheres que restringiam seu consumo de líquido além de apenas usarem sutiãs. Métodos não-farmacológicos de inibição da lactação foram implicitamente comparados aos métodos farmacológicos em estudos de diferentes medicamentos. Em geral, os me-

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3.1 Hormônios sexuais O estilbestrol, que agora é usado raramente, reduz a incidência de manutenção da lactação, dor e ingurgitamento mamários, durante a primeira semana pós-parto, mas esses benefícios a curto prazo são mais que neutralizados por efeitos adversos a longo prazo. O número de mulheres tratadas com estilbestrol que necessitaram de tratamento adicional após a alta hospitalar foi maior que o de mulheres tratadas com placebo, e quatro vezes mais mulheres do grupo tratado com estilbestrol relataram sangramento vaginal anormal após o fim do tratamento. Não parece haver grande diferença de efeito com o uso de diferentes estrogênios ou associações. Estudos comparando os efeitos de diferentes estrogênios mostram que o estilbestrol suprime a lactação e a dor com maior eficácia do que o quinestrol. O clorotrianiseno, outro análogo do estilbestrol, também mostrou reduzir a lactação, a dor e o ingurgitamento mamários em estudos controlados por placebo. Várias associações de estrogênio e testosterona mostraram efeitos dramáticos a curto prazo sobre a lactação, dor e ingurgitamento mamários. O único estudo em que foram descritos efeitos a longo prazo mostra recorrência da dor e do ingurgitamento no fim da segunda semana. O risco de complicações tromboembólicas é maior com o uso de estrogênio, embora o risco absoluto seja baixo. A hemorragia por supressão após tratamento hormonal é descrita por cerca de 15% das mulheres, independentemente do tipo de droga usada.

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FONTES

3.2 Bromoergocriptina (bromocriptina) Embora os efeitos benéficos a curto prazo da bromoergocriptina, em comparação com o placebo, estejam bem estabelecidos, são limitados os dados sobre os efeitos durante a segunda semana, quando os efeitos benéficos são muito menos dramáticos. É comum haver lactação de rebote. Como foram descritos graves efeitos adversos cardiovasculares e vasculares cerebrais em mulheres tratadas com bromoergocriptina para supressão da lactação, hoje o medicamento raramente é usado. 3.3 Cabergolina A cabergolina foi comparada a um placebo e à bromocriptina em três estudos. Os resultados indicam que uma dose única de cabergolina é tão eficaz quanto a administração de bromocriptina duas vezes ao dia durante 14 dias, e causa menos efeitos colaterais e menos lactação de rebote. A cabergolina deve ser o medicamento de escolha se for escolhida a supressão farmacológica da lactação, embora sejam necessárias mais informações sobre a melhor dose e o melhor momento de administração.

Se decidirem usar um tratamento farmacológico, as evidências disponíveis sugerem que a cabergolina deve ser a droga de escolha. A cabergolina e novas drogas que podem ser desenvolvidas devem ser formalmente comparadas aos métodos físicos de supressão da lactação em estudos controlados com tamanhos de amostras e duração de acompanhamento adequados. As opiniões femininas sobre os méritos e as desvantagens relativas dos métodos alternativos devem ser um elemento essencial na avaliação, e deve-se dar atenção maior à documentação da freqüência de reações adversas de curto e de longo prazo.

Fontes Effective care in pregnancy and childbirth

Biblioteca Cochrane

Revisões pré-Cochrane 3.4 Outras drogas A piridoxina foi comparada ao placebo em três estudos; os poucos dados disponíveis mostram pequeno efeito sobre a continuação da lactação. No início da década de 1960, os efeitos do spray intranasal de ocitocina sintética sobre a lactação e os sintomas mamários foram estudados em pelo menos três estudos, um deles nãopublicado. Nenhum desses estudos forneceu qualquer evidência de eficácia do tratamento.

4 Conclusões As evidências disponíveis sugerem que métodos físicos de supressão da lactação, como enfaixamento das mamas, são tão ou mais eficazes que os métodos farmacológicos a longo prazo, embora estejam associados a maior dor na primeira semana após o parto. As mulheres devem ser informadas sobre essas vantagens e desvantagens relativas ao escolherem um método para suprimir a lactação.

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