Relato de Experiencia

January 15, 2018 | Author: Anonymous | Category: Educação
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“Relato de experiência” 31 de agosto de 2015

Educação Integral/UFSJ

Proposta  Conversar sobre brincadeiras;  Enfatizar a prática em sala de aula na

educação infantil.

Apresentação Sou Rosilene Maria da Silva Gaio, professora da Educação Básica e atuo na Educação Infantil, no Centro Solidário de Educação Infantil. Mestre em Educação pela UFSJ, fui orientanda da professora Lúcia Helena.

BRINCADEIRA... "A criança, através da brincadeira, reproduz o discurso externo

e

pensamento.

o

internaliza, A

linguagem,

construindo

seu

próprio

segundo

Vygotsky,

tem

importante papel no desenvolvimento cognitivo da criança à medida em que sistematiza suas experiências e ainda colabora na organização dos processos em andamento."

A partir da brincadeira, a criança pequena se envolve no jogo simbólico que lhe proporciona criar, vivenciar experiências as quais lhe propiciam viver o imaginário.

De acordo com Sarmento (2005), [...] no âmbito do jogo simbólico, o objeto referenciado não perde a sua identidade própria e é, ao mesmo tempo, transmutado pelo imaginário: a criança “veste” a personagem da mãe, do bebê, do médico ou do cientista maluco sem perder a noção de quem é, e transforma os objetos mais vulgares nos mais inverossímeis artefatos – a caixa de cartão no automóvel, o lápis de cera no baton, uma caixa de bolachas no tesouro escondido dos piratas… Do mesmo modo, a criança funde os tempos presente, passado e futuro, numa recursividade temporal e numa reiteração de

oportunidades que é muito própria da sua capacidade de transposição no espaço-tempo e de fusão do real com o imaginário [...] (p. 375).

Nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica...

Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013.

Deve-se entender, portanto, que, para as crianças de 0 (zero) a 5 (cinco) anos, independentemente das diferentes condições físicas, sensoriais, mentais, linguísticas, étnico-raciais, socioeconômicas, de origem, religiosas, entre outras, no espaço escolar, as relações sociais e intersubjetivas requerem a atenção intensiva dos profissionais da educação, durante o tempo e o momento de desenvolvimento das atividades que lhes são peculiares: este é o tempo em que a curiosidade deve ser estimulada, a partir da brincadeira orientada pelos profissionais da educação (DCNEB, p. 38).

Uma atividade muito importante para a criança pequena é a brincadeira. Brincar dá à criança oportunidade para imitar o conhecido e para construir o novo, conforme ela reconstrói o cenário necessário para que sua fantasia se aproxime ou se distancie da realidade vivida, assumindo personagens e transformando objetos pelo uso que deles faz (DCNEB, p.89).

As propostas curriculares da Educação Infantil devem garantir que as crianças tenham experiências variadas com as diversas linguagens, reconhecendo que o mundo no qual estão inseridas, por força da própria cultura, é amplamente marcado por imagens, sons, falas e escritas. Nesse processo, é preciso valorizar o lúdico, as brincadeiras e as culturas infantis (DCNEB, p.95).

As crianças precisam brincar em pátios, quintais, praças, bosques, jardins, praias, e viver experiências de semear, plantar e colher os frutos da terra, permitindo a construção de uma relação de identidade, reverência e respeito para com a natureza. Elas necessitam também ter acesso a espaços culturais diversificados: inserção em práticas culturais da comunidade, participação em apresentações musicais, teatrais, fotográficas e plásticas, visitas a bibliotecas, brinquedotecas, museus, monumentos, equipamentos públicos, parques, jardins (DCNEB, p. 96).

Art. 8º A proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil deve ter como objetivo garantir à criança acesso a processos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens, assim como o direito à proteção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à convivência e à interação com outras crianças (DCNEB, p.100).

“A infância é um momento em que a criança tem ânsia em conhecer o universo que a rodeia. O conhecimento desejado não é algo superficial e sim algo que ocorre na intimidade, no contato. (SOUZA E MELLO, 2008, p. 45)”

O educador italiano Loris Malaguzzi escreveu uma poesia sobre “As cem linguagens da criança”. Nela, ele nos fala das cem maneiras diferentes de a criança pensar, sentir, falar, inventar, sonhar... Mas, diz a poesia, os adultos roubam noventa e nove dessas cem linguagens das crianças. Na avaliação de uma instituição de educação infantil, devemos perguntar: o trabalho educativo procura desenvolver e ampliar as diversas formas de a criança conhecer o mundo e se expressar? As rotinas e as práticas adotadas favorecem essa multiplicidade ou, ao contrário, como sugere o poeta, roubam a possibilidade de a criança desenvolver todas as suas potencialidades?

(IQUEI, p.40, 2009)

[...] como eu vou saber da terra, Se eu nunca me sujar? Como eu vou saber das gentes, sem aprender a gostar? Quero ver com meus olhos, quero a vida até o fundo, Quero ter barro nos pés, eu quero aprender o mundo! (Pedro Bandeira)

Uma atividade que juntamente com a brincadeira, encanta e faz com que a criança seja estimulada no seu imaginário é...?

?????...

... contar histórias... “Ah, como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias...escutá-las é o início da aprendizagem para ser um bom leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e compreensão do mundo...” (ABRAMOVICH, 2005. p, 16)

Ler ou contar histórias para as crianças, sempre, sempre...É poder sorrir, rir, gargalhar com as situações vividas pelos personagens, com a ideia do conto ou com o jeito de escrever dum autor e, então, poder ser um pouco cúmplice desse momento de humor, de brincadeira, de divertimento... (ABRAMOVICH, 2005. p, 17)

Ouvir histórias é viver um momento de gostosura, de prazer, de divertimento dos melhores... É encantamento, maravilhamento, sedução... (ABRAMOVICH, 2005. p, 24)

Para contar uma história “[...] o narrador tem que transmitir confiança, motivar a atenção e despertar a admiração. Tem que conduzir a situação como se fosse um virtuose (domínio), que sabe seu texto, que o tem memorizado, que pode permitir-se o luxo de fazer variações sobre o tema.” (ELIZAGARAY, Alga Mariña, apud ABRAMOVICH, 2005.)

A história contada para criança deve, ao mesmo tempo, prender a atenção dela, ensiná-la, despertar sua criatividade, estimular-lhe a imaginação e fazê-la se divertir. E se a história contada for musicada, ainda melhor para interação entre o contador e as crianças.

[...] uma das maiores dádivas do criador: a música, uma visita a quem a alma sempre abre a porta. (Coelho, 1999)

“O segredo do poder da história é a compreensão essencial de que o importante não é o que acontece na história. O que vale é o que acontece dentro da gente.” (BUSATTO, p, 75 2007 apud SIMMS, 2004)

Algumas questões provocadoras... Que fatores influenciam o sucesso de uma história contada para crianças? Como podemos explorar melhor histórias sem elementos textuais? Quais os cuidados a serem observados na escolha de histórias para crianças? Que recursos podemos usar para a apresentação de histórias?

Vamos ouvir histórias...? Agora vou contar uma história, preste atenção que ela saiu de dentro do meu coração A bruxa fez uma sopa com orelha de morcego perna de tatu rabinho de coelho Agora vou contar uma história, preste atenção que ela saiu de dentro do meu coração

O lobo quando dorme ronca igual um porco coitado deste lobo nasceu com nariz torto... Agora vou contar uma história, preste atenção que ela saiu de dentro do meu coração Princesa tem vestido vestido de veludo coelho tem casaco casaco bem peludo

Agora vou contar uma história, preste atenção que ela saiu de dentro do meu coração Lá de trás daquele morro passa boi passa boiada também passa menininho com a calça rasgada... Agora vou contar uma história, preste atenção que ela saiu de dentro do meu coração Ana Paula Ferreira Professora e Contadora de Histórias

Música – “A casa amarela” Casa – quarto – cama – debaixo da cama – caixa – livro – história Vou te contar um segredo Segredo da casa amarela Pode abrir qualquer porta Também qualquer janela Pode entra procurar em qualquer Canto ou lugar que vai abrir o segredo Segredo que eu vou desvendar

Dentro da casa um quarto Dentro do quarto uma cama Embaixo da cama uma caixa Dentro da caixa um livro Dentro do livro uma história História que eu vou te contar Este é um segredo Segredo que vou desvendar

Roteiro de histórias...  O Coelho e a fechadura,  O pescador, o anel e o rei,  Anabela,

 Seu José e seu Mané,  Era uma vez um ovo indez,  Campo santo.

Era uma vez...

Músicas...  O anel,  Meninos (Vou pro campo),  Meu mundo,

 Dona Árvore,  E bom cantar,  Ovo indez

 Feito borboleta.

Feito borboleta Projeto EmCantar Eu quero quero um canto de paz O Canto da chuva o canto do vento A paz do índio a paz do céu A paz do arco-íris a cara do Sol O sorriso da lua junto à natureza Em comunhão Eu to voando feito passarinho zigue zagueando feito borboleta To me sentindo como canarinho Eu tô pensando em minha violeta Eta, eta, eta, eta, eta Eta, eta, eta, eta, eta Eta, eta, eta, eta, eta Eta, eta, eta, eta, eta O som da cachoeira me levando As águas desse rio me acalmando O som da cachoeira me levando As águas desse rio me acalmando

O Anel  Perdi Meu anel no mar  Não pude mais encontrar  E o mar me trouxe a concha de presente pra me dar  Parou na goela da baleia  Ou foi pro dedo da sereia  Ou quem sabe um pescador  Encontrou o anel  E deu pro seu amor    

Ti bum chuá- chuá Ti bum chuá- chuá Ti bum chuá- chuá Ti bum chuá- chuá  Menino  vem brincar no mar  Oh! Mar  Vem lavar pé de menino

É Bom Cantar Bia Bedran

É bom cantar É bom ouvir É bom pensar É bom sentir Olhar as coisas ao redor Pra crescer muito melhor Viajar dentro de si Pra poder se descobrir

O Campo Santo Bia Bedran Oi cango, oi cango, Oi timborê, Tatê tatê Camburã buchá

Referências  ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil Gostosuras e bobices. 5 ed. São Paulo. Scipione, 2005.  ALVES, Rubem. Se eu pudesse viver minha vida novamente...22 ed Campinas - SP, Versus, 2011  BARBOSA, Ana Mae. Inquietações e mudanças no ensino da arte. 5.ed. São Paulo. Cortez. 2008.  BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília: MEC, SEB, 2013.  PERRAUT, Charles. Contos de Fadas. Tradução de Monteiro Lobato 5 ed. Companhia Editora Nacional. SP-RJ- PA – 1941.  BUSSATTO, Cléo. A Arte de Contar Histórias no Século XXI. 2 ed Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

Referências Continua...  SARMENTO, Manuel Jacinto. Gerações e alteridade:

Interrogações a partir da sociologia da infância. Educação e Sociedade, Campinas, vol. 26, n. 91, p. 361-378, Maio/Ago. 2005. Disponível em
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