Características da clientela e impacto do treinamento no trabalho
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DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Estratégias de Aprendizagem, Reações aos Procedimentos de um Curso via Internet, Reações ao Tutor e Impacto do Treinamento no Trabalho Thaís Zerbini¹ UnB - Instituto de Psicologia Orientação: Profa. Dra. Gardênia Abbad Apoio Financeiro Parcial: CNPq – CAPES/PAPED - PRONEX ¹Integrante do PRONEX/ Treinamento e Comportamento no Trabalho 1
CENÁRIO ATUAL Desenvolvimento de ações educacionais que garantam a aprendizagem nas organizações Inovações Tecnológicas Economia Instantânea Quantidade e velocidade de informações Busca por qualificação e aprimoramento Diferencial Competitivo
- Aprendizagem nas Organizações Investimento em Programas de TD&E
Programas de Avaliação de Treinamentos 2
PRÁTICAS VIGENTES EM TD&E No meio profissional
Utilização de novas comunicação (NTICs)
tecnologias
de
informação
e
Sistemas de treinamento inadequados para as reais necessidades da empresa
Ausência de levantamento de necessidade criterioso
Ausência de avaliação dos resultados obtidos
No meio acadêmico
Há muitas pesquisas sobre sistemas de treinamento, mas poucas relativas a treinamentos oferecidos a distância por meio da Internet (TBWs) 3
Vantagens das NTICs e TBWs Flexibilidade
para a realização de mudanças contínuas nos conteúdos dos treinamentos
Diminuição de custos a médio e longo prazo Aumento do número de cursos oferecidos aos
funcionários
Maior alcance de pessoas ao mesmo tempo Conhecimento
constantemente
compartilhado
e
atualizado
4
Relação entre Conceitos Desenvolvimento Educação Treinamento Instrução Informação
5
Educação a Distância (EaD) Mudanças no mercado de trabalho Mudanças na maneira de educar os indivíduos Características Separação física de professor e aluno durante a maior parte do processo instrucional Separação de professor e aluno no tempo Uso de tecnologias avançadas
Contribuição da Psicologia Instrucional - Modularização do ensino
- Controle de aprendizagem pelo aluno 6
Treinamento a Distância (TaD) Conjunto de ações educacionais, sistematicamente planejadas, desenvolvidas na maior parte do tempo no contexto de flexibilidade espacial e temporal entre professor e aluno, de interação e interatividade e de abertura dos espaços físicos Utiliza meios tecnológicos que facilitam o aperfeiçoamento e a aquisição de CHAs por meio do auto-gerenciamento da aprendizagem do indivíduo Desenvolvimento de Carreiras (Currículos e Trilhas Profissionais)
Educação Continuada
Universidades Corporativas
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SISTEMA DE TREINAMENTO AVALIAÇÃO DE NECESSIDADES DE TREINAMENTO
CONTEXTO ORGANIZACIONAL
PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DO TREINAMENTO
AVALIAÇÃO DO TREINAMENTO 8
AVALIAÇÃO DE TREINAMENTO Avanços metodológicos nas pesquisas brasileiras
Pesquisas brasileiras e estrangeiras estudam, predominantemente, treinamentos presenciais
Diferenças entre Treinamentos a Distância e Presencial Mudanças nos Modelos de Avaliação de Treinamentos e nos Instrumentos de Coleta de Dados
9
Modelo Clássico - Hamblin (1978) Reação
Satisfação c/ o treinamento
Aprendizagem
Alcance Objetivos Instrucionais
Comportamento
Impacto no Desempenho
Resultados
Eficiência da Organização
Valor Final
Eficácia da Organização 10
Modelo Base - MAIS (1982) AMBIENTE
APOIO
PROCESSO
AVALIAÇÃO DE NECESSIDADES
INSUMOS
PROCEDIMENTOS
RESULTADOS
RESULTADOS A LONGO PRAZO
PROCESSO
DISSEMINAÇÃO
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Modelo Base - Modelo IMPACT (1999)
6.Suporte à Transferência 1. Suporte prétreinamento
4. Reações 7. Impacto
2. Curso 3. Clientela
5. Aprendizagem
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Avaliação de Treinamento a Distância Maioria dos estudos conceituais de EaD
selecionados
relata
características
9 trabalhos entre mais de 100 artigos e teses selecionados Apenas Warr e Bunce (1995) apresentam modelo de avaliação de treinamento similar aos utilizados em T&D e apresenta resultados no nível de comportamento no trabalho Trabalhos selecionados - instrumentos construídos no nível de reação. Poucos tiveram a preocupação em realizar validações estatísticas dos instrumentos de medida (Warr e Bunce, 1995; Cheung, 1998 e 2000; Dean e Webster, 2000)
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LITERATURA – Características da Clientela
Estuda o relacionamento entre características individuais da clientela e a eficácia de treinamento
Necessidade de investigar características da clientela, tais como auto-eficácia, locus de controle, e outras variáveis advindas da Psicologia Social - Borges-Andrade e Abbad (1996)
Variáveis individuais apresentam menor poder de explicação, quando comparadas a suporte - Abbad, Pantoja e Pilati (2001)
Estratégias de Aprendizagem: pode contribuir para compreender como ocorre a aprendizagem em adultos (Warr e Downing, 2000)
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LITERATURA – Estratégias de Aprendizagem Novos recursos dos TBWs - novas estratégias
Pesquisas: maioria em contextos escolares e universitários Warr
e Allan (1998): Hábitos de Estudo; Aprendizagem; Estratégias de Aprendizagem
Estilos
de
Investigar estilos de aprendizagem é tão importante quanto
estudar estratégias
3 grandes categorias (Warr e Allan):
Cognitivas: Repetição; Organização e Elaboração Comportamentais: Busca de Ajuda Interpessoal; Busca de Ajuda no Material Escrito e Aplicação Prática Auto-regulatórias: Controle da Emoção; Controle da Motivação e Monitoramento da Compreensão 15
LITERATURA – Estratégias de Aprendizagem Warr e Allan (1998) - Resultados ambíguos e inconsistentes Sugestões dos autores: realizar estudos em outros contextos;
examinar combinações de aprendizagem; relacionar estilos com estratégias de aprendizagem; relacionar estratégias com comportamento no trabalho; aplicação de pré e pós-teste. Warr e Downing (2000) – EEA:
45 itens; 8 fatores (Organização e Elaboração Reflexão Ativa) 2 amostras (Treinamento de mecânica de veículos, =0,85 e Universitários, =0,79)
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LITERATURA – Características do Treinamento Similaridade da situação de treinamento à realidade de trabalho e características do planejamento instrucional - Abbad, Pantoja e Pilati (2001) Últimos quatro anos: poucos pesquisadores estudaram a influência de características instrucionais no impacto de treinamento no trabalho Necessidade de mais estudos, principalmente, em TaD (Borges-Andrade e Abbad, 1996 e Abbad, Pantoja e Pilati, 2001) 1. Procedimentos Instrucionais 2. Desempenho do Tutor 17
LITERATURA - Reações Opinião dos participantes dos treinamentos quanto aos aspectos instrucionais e administrativos (Borges-Andrade, 2000) Modelo MAIS – conjunto de variáveis que abrange diversos aspectos do treinamento Instrumentos de avaliação no nível de reação: Alliger e cols (1997); Alves, Pasquali e Pereira (1999); e Abbad, Gama e Borges-Andrade (2000) Relacionamento entre reação ao curso e impacto do treinamento nos trabalhos: Warr e Bunce (1995), Alliger e cols; Abbad (1999), Sallorenzo (2000) Avaliação de reação aos procedimentos do curso e ao desempenho do tutor: Walker (1998) e Vargas (2000) 18
LITERATURA – Suporte e Restrições à Transferência Suporte parece ser condição necessária, embora não suficiente
à transferência de treinamento Análise
da literatura nacional e estrangeira - suporte à transferência é forte preditor de impacto do treinamento no trabalho (Roullier e Goldstein, 1993; Abbad, 1999; Salas & Cannon-Bowers, 2001; entre outros) Influência
de restrições situacionais indivíduos (Peters e O’Connor, 1980)
no
desempenho
dos
Resultados das pesquisas nacionais mais recentes corroboram
esses achados
19
LITERATURA – Impacto do Treinamento no Trabalho Corresponde
ao terceiro nível de avaliação proposto por Kirkpatrick (1976) e Hamblin (1978) Impacto de treinamento no trabalho - profundidade e amplitude Impacto em profundidade mede os efeitos diretos e específicos
da aprendizagem dos objetivos do treinamento sobre o desempenho do indivíduo em atividades es situações similares às ensinadas no curso. Impacto em largura ou amplitude mede efeitos mais gerais do
treinamento sobre o desempenho global ou motivação do indivíduo em e para atividades e situações não necessariamente similares às aprendidas no curso. 20
Delimitação do Problema Poucos estudos na área de treinamento a distância (Salas & Cannon-Bowers, 2001) Necessidade de analisar TaD, verificando as variáveis explicativas dos resultados - Abbad, Pantoja e Pilati (2001)
Poucos achados nesta área - lacunas e falhas na construção de instrumentos; ausência de modelos de avaliação para cursos a distância Propõe-se um modelo reduzido de avaliação de treinamentos a distância, adaptado dos modelos IMPACT (Abbad, 1999) e MAIS (Borges-Andrade, 1982)
21
MODELO DE INVESTIGAÇÃO PROPOSTO
Estudo 2
1.Características da Clientela Variáveis demográficas Estratégias de Aprendizagem Hábitos de Estudo
2. Reações Desempenho do Tutor Procedimentos Instrucionais
4. Impacto do Treinamento no Trabalho
3. Falta de Suporte à Transferência de Treinamento
Estudo 1
22
COMPONENTES Características da Clientela: Dados Demográficos dos Participantes, Estratégias de Aprendizagem e Hábitos de Estudo. Estratégias de Aprendizagem: envolve capacidades cognitivas e habilidades comportamentais, utilizadas pelo aprendiz para controlar os próprios processos psicológicos de aprendizagem. A definição dessa variável não inclui as estratégias de auto-controle emocional, propostas por Warr e Allan (1998) e Warr e Downing (2000). Hábitos de Estudo: preferências do aprendiz quanto a aspectos contextuais do ambiente de estudo e as maneiras de estudar. Esta definição corresponde, em parte, à de Warr e Allan (1998) para estilos de aprendizagem.
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COMPONENTES (cont.) Reações ao Treinamento: satisfação dos participantes com características instrucionais do curso. Refere-se, ainda, à percepção do treinando sobre a qualidade da interação do tutor com os alunos, domínio do conteúdo e uso de estratégias de ensino. Falta de Suporte à Transferência: opinião dos participantes acerca do nível com que variáveis do contexto familiar, social e/ou governamental podem prejudicar o negócio ou a aplicação das habilidades aprendidas no curso. Impacto do Treinamento no Trabalho: efeitos específicos do treinamento sobre o desempenho do participante em atividades diretamente relacionadas aos CHAs desenvolvidos no treinamento. Trata-se de uma medida de avaliação de Impacto em Profundidade, tal como sugerida por Hamblin (1978)
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Características da Organização e do Treinamento Analisado Organização: SEBRAE Objetivo - promover o desenvolvimento sustentável do Brasil por meio do apoio às micro e pequenas empresas 4.500 funcionários nos 27 estados da Federação e DF Curso avaliado: IPGN
Objetivo principal: ensinar a elaborar um Plano de Negócio Público-alvo: pessoas que desejam desenvolver habilidades de empreendedorismo 100% a distância via internet / Gratuito 40 horas / 60 dias / 5 módulos seqüenciais - de 2 a 5 capítulos Tutoria (200 alunos por tutor) e Recursos de interação 25
PERFIL DEMOGRÁFICO DA POPULAÇÃO DE INSCRITOS Número Total: 21. 920 alunos Concluinte: sim (52,9%) Gênero: masculino (65,7%) Idade: 33 anos (DP=9,29)
Região Geográfica: Sudeste (54,1%) Dúvidas no tira-dúvidas: 0 (54,1%) Mensagens para a lista de discussão: de 1 a 6 (44,9%) Participação em chats: 0 (60,6%) Acesso ao mural de notícias: até 30 vezes (76,5%) Acesso ao ambiente do curso: de 1 a 12 vezes (63,5%) 26
PERFIL DEMOGRÁFICO DAS AMOSTRAS Número Total: EEA – 1860/ ERPI – 1896/ ERDT – 1060/ EFS – 1080/ EIPGN – 1575/ Modelo 1 – 194/ Modelo 2 - 356 Concluinte: sim Gênero: masculino Idade: 34 - 35 anos/ (DP=9,77 – 10,27) Região Geográfica: Sudeste Dúvidas no tira-dúvidas: 0 Mensagens para a lista de discussão: de 1 a 6 Participação em chats: 0 Acesso ao mural de notícias: até 30 vezes Acesso ao ambiente do curso: entre 7 e 24 vezes 27
PERFIL DEMOGRÁFICO DAS AMOSTRAS EEA:
Correção preferida: tutor (55,4%) Prefere estudar: sozinho (84,4%) Quantidade de leitura: todo o material (80,9%) Horário preferido: 18h à meia-noite (49,1%)
Modelos de Regressão: Possui negócio: não (66%/ 71,1%) Área de interesse: serviços (56,7%/ 54,5%) Motivo da inscrição: aprender a elaborar plano de negócios (52,1%/ 51,7%) Experiência na internet: experiente (52,1%/ 53,1%) Ocupação atual: funcionário de empresa privada (20,1%/ 21,3%) Participação em cursos a distância: não (59,3%/ 52,2%) 28
INSTRUMENTOS DE MEDIDAS Instrumento
Seções do instrumento
No. de Itens
Roteiro de Análise do Material Didático
Objetivos instrucionais Estratégias instrucionais Planejamento de atividades Seqüência do ensino Fontes de informação Informações gerais sobre o curso
39
Dados demográficos e profissionais
11
Dados Pessoais
Estratégias de Aprendizagem –EEA
Hábitos de Estudo Estratégias de aprendizagem
6 24
29
INSTRUMENTOS DE MEDIDAS Instrumento Reação aos Procedimentos Instrucionais – ERPI
Seções do instrumento
No. de Itens
Aspectos Instrucionais do Treinamento
19
Interação com os Participantes
17
Reação ao Desempenho do Tutor - ERDT
Domínio do Conteúdo
4
Uso de Estratégias de Ensino
22
Falta de Suporte à Transferência de TreinamentoEFS
Apoio familiar, governamental e social
15
Impacto do Treinamento no Trabalho - EIPGN
Impacto em Profundidade
25
30
COLETA DE DADOS Momento 1: Último Dia de Treinamento Dados demográficos e profissionais Estratégias de Aprendizagem Hábitos de Estudo Reação aos Procedimentos Instrucionais Reação ao Desempenho do Tutor Momento 2 - 42 a 105 Dias Após o Treinamento Impacto do Treinamento no Trabalho Falta de Suporte à Transferência do Treinamento 31
Coleta de Dados Coleta por e-mail (Julho - Dezembro) Instrumentos digitalizados, hospedados na internet 110 turmas de, aproximadamente, 200 alunos cada Grupo A (Maio – 37 turmas)/ Grupo B (Junho – 3 turmas/ Grupo C (Agosto – 70 turmas) Índice de retorno baixo - 24% (Momento 1) e 8,5% (Momento 2) Preparação dos arquivos de dados (9 arquivos), para melhor aproveitamento dos casos válidos
32
ANÁLISE DOS DADOS Análises Exploratórias e Descritivas
ESTUDO 1 • Análise dos Componentes Principais (PC)
• Análise de Fatoração dos Eixos Principais (PAF)
ESTUDO 2 • Análise de Regressão Múltipla Padrão • Análise de Regressão Múltipla Stepwise 33
RESULTADOS ESTUDO 1 Escalas Obtidas
KMO
EST1 Busca de Ajuda Interpessoal
No. Itens
Valor % Var Próprio
Alfa
Cargas Item fatoriais
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